domingo, 22 de abril de 2012

PILÃO ALTO - COQUEIRO BAIXO

Imaginem uma pequena localidade encravada lá em cima do morro, onde a vida parece andar devagar e as pessoas cumprimentam-se umas as outras. Pois este lugar existe bem perto aqui perto de nós. Dezesseis quilômetros de acesso por estrada municipal separam a comunidade de Pilão Alto, da Sede do município de Coqueiro Baixo. Privilegiada pelo clima de montanha e belas paisagens naturais, de acordo com pesquisa realizada pela professora Nilva Bortoncello, a localidade tem sua história de colonização iniciada por volta de 1905 quando aportaram por aquelas bandas os moradores José Bozzeti, Emílio Zamboni, Rodolfo Teixeira, Amádio da Costa, João Maria, Felipe e Raul, cujos sobrenomes não foram identificados, Henrique Buffet, Tranqüilo Bortoncello, Antônio Bortoncello, Dovílio Devittes, Amaro Cardoso, João Salvi, Guilherme Cantú, João Segabinazzi, Antônio Campeol, e João Mocelin. Em 1930 foi construída a primeira igreja católica em terreno doado por Francisco Antônio Campiol, Lorenço Bortoncello e Henrique Buffet. Até 1951, como não havia sino, para chamar a comunidade para as missas era usado um cincerro. Em 1958 o templo foi destruído por incêndio provocado por um raio. Em 1972, foi construída a atual igreja tendo como fabriqueiros José Bozetti, Henriique Buffet, Rodolfo Teixeira,, trabalho mais tarde seguido por Agenor Dalpian, Adilvo Mocellin, Ângelo Campiol e Olides Buffet. A origem do nome deve-se ao fato de ter sido encontrado próximo aos peraus da localidade, ossos de animais com bicos de pedras preciosas, semelhantes a um pilão, usado pelos imigrantes para moagem de farinha. O padroeiro da comunidade é São Paulo, que recebe homenagens na festa em janeiro. Em dezembro ocorre a festa de Nossa Senhora da Conceição. A população que já foi numerosa está reduzida à pouco mais de 250 habitantes. Parte dos habitantes, a maioria jovens, partiu em busca de novos caminhos, estabelecendo-se com restaurantes em Portugual, Estados Unidos, Itália, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Para quem permanece na localidade o trabalho é dedicado à produção de fumo, criação gado de leite, avicultura e suinocultura. As missas que ocorrem duas vezes por mês na igreja Nossa Senhora da Imaculada Conceição, são rezadas pelo padre Valdir Bozetti, da Paróquia de Relvado. As capelinhas também circulam de casa em casa. Todos os domingos é rezado o terço na igreja. Duas vezes por semana, transita pela localidade o ônibus da empresa Oasis com destino a Nova Bréscia, Coqueiro Baixo e Lajeado. A escola Sete de Setembro recebe 28 alunos tendo como diretora a professora Noêmia Salvi. Aos finais de tarde, um dos pontos de encontro para o carteado, as recordações do Esporte Clube Pilãozense, já extinto,e o bate papo no dialeto Italiano é a casa comercial de Eloir Paulo Delazzeri. Sentadas ao lado, as mulheres da comunidade também colocam os assuntos em dia. “Um lugar muito especial para viver, onde todos são bem recebidos”, analisam os moradores Eloir Paulo Delazzeri, Olides Antônio Buffet, Nilvo Mocelin e Olvides Schuster em meio a uma rodada de carteado e um copo de vinho.

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